quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Felicidade

Esta talvez seja a mais sublime das buscas/respostas. Muitos passam a vida a procurar a felicidade. "Está nas pequenas coisas", pode-se dizer. Mas realmente, se a felicidade existe, poucas pessoas admitem que a tenha. Eu sempre digo que a felicidade é um estado, não um sentimento. Felicidade momentânea, passageira, não é felicidade. Felicidade é duradoura.
Estamos aqui para alcançar a felicidade em nossas vidas, simples assim. Para tanto, pode ter havido amor, ou não, crença ou não. Bem mais simples. Mas, na verdade, essa causa é quase sempre perdida. Quem pode se considerar plenamente feliz? Qualquer pessoa com um mínimo de ambição nunca estará plenamente feliz. Sempre falta algo, seja ele material ou não. Um cargo, um carro, uma pessoa, os exemplos são vários. Mas apesar de que quanto mais velhos ficamos, com mais frequência falamos "eu era feliz e não sabia". Então talvez nós nascemos felizes e vamos nos tornando infelizes com o decorrer do tempo? Ou é nossa felicidade que muda? Ou ainda, seria como Katsumoto (O Último Samurai) descobre que todas as flores são perfeitas: no limiar da morte. Somente às vésperas de descobrir por fim a que fim é que descobrimos a verdadeira felicidade? Na verdade, então não teria muito sentido. Acho que, quando se é feliz, a pessoa deve saber que é feliz, e está não deve estar moribunda. Mesmo porque não há alegria na morte (kamikazes não contam).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A crença

As pessoas vão para a igreja, rezam, pedem perdão. Tudo muito bonito, mas... para quê? Será que é realmente a crença que as motivam? Ou é o medo?
A religião sempre se mostrou uma ótima moderadora da moral de sua época, seja ela qual for. Dita costumes, regras, e por que não, o próprio comportamento do homem. Mate e irá para o inferno. Para quem não é um cético, essa possibilidade é a pior possível: a perda do descanso eterno, a condenação. Então, como funciona: você quer acreditar em algo maior, que existe algo lá. Mas só funciona se você tiver o pacote completo. Cada crença com seus comportamentos. Então, se você quer crer na minha verdade, siga meus costumes e minhas regras.
Não nego que isso passa a ser muito bom sob um aspecto humanitário, porém é um tanto limitador no aspecto comportamental. É difícil distinguir o pecado moderno. Deve este ser levado à letra? Alegar ignorância leva ao perdão? Aos loucos homicidas são reservado o céu?
A crença alivia e muito o desconforto do não saber. Do inesperado, do desespero. Quando tudo mais falha, tem-se Deus. Tudo simples assim, já que Ele sempre está ali. É um pensamento a ser levado em consideração, a contraponto da ideia da razão, que pode ser estarrecedora e triste.
Então, o que vem primeiro? A religião e a conclusão, ou a conclusão e a religião?

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Prelúdio

A que fim? Qual propósito?

Essas perguntas, apesar de pequenas, me tiram o sono. Por que aqui, por que agora, por que nós? E mais ainda... para que?

-Reprodução, seria uma resposta dada por muitos animais, se fosse possível perguntar-lhes qual seu propósito existencial. De fato, nosso objetivo aqui é reproduzir. Os relacionamentos, as conquistas... tudo baseado nos mais variados interesses (ainda que implícitos) sexuais. Porém, convenhamos: ser só isso seria muito ridículo. Se até moscas tem a sua chamada "função social", qual a nossa? 

Já pensei muito a respeito, e, claro, não devo ser o único. Dá medo. Na verdade, muito medo. Há quem pregue que somos animais, e animais somente. Morreu, foi. Mas e aí? É só isso? O que vem depois? Qual a nossa "função social"? Pela nossa sociedade, é ter sucesso e ganhar dinheiro. Mas isso não é natural, fomos nós que criamos essa necessidade, logo, para o homem "cru" ela não deveria existir. Talvez o homem goze de uma situação especial, pois tem cumprido bem o papel de reprodutor. Na verdade, as palavras do agente Smith me vem à cabeça - mamíferos entram em harmonia com o meio. Mas não só mamíferos, todos os animais. Quando foi que perdemos a nossa naturalidade? É óbvio que não poderemos nunca retornar à natureza para responder isso, somos domesticados e inarmônicos. Não sou eco-chato, mas harmonia está fora de questão. Talvez num futuro distante, mas mais pela necessidade do que pela essência.

Talvez seja a hora de aceitar um pensamento religioso? -Estamos aqui pela vontade de um deus, e devemos usar nosso livre-arbítrio como bem entender. Esse pensamento pode (ou não), ser animador. Pensar no além-vida, no lugar para onde vamos, pode ser decepcionante sem a igreja ou religião. Bíblias, livros sagrados, conceitos, céu, inferno. Até onde devemos levar em consideração, se nossa hipocrisia nos permite que vejamos apenas o que nos interessa? De fato, pensar em um ser maior, uma existência superior é mesmo reconfortante. Afinal, a imagem do céu é sempre muito mais agradável do que a possibilidade da eterna escuridão. Ou do nada. Ou de reencarnação. Mas, se voltarmos às nossas origens, veremos que desde o princípio a ideia do pós-vida é sempre presente. Entretanto, em um tempo onde não haviam deuses, qual era a crença? Quem foi a primeira pessoa a pensar nisso, e por quê? Talvez depois de uma caçada essa pessoa teve um lampejo, filosofia a respeito, ou talvez realmente deus tenha lhe falado. Porém, o que quer que seja, essa fato está perdido. Será da necessidade, do respeito, do medo do 'nada' que o homem subitamente criou a religião? 

Se é da necessidade que vem nossos maiores avanços, então, talvez seja ela a responsável pela crença... (as tags ilustram)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A que fim é o A que fim?

Olá!

A finalidade deste blog é questionar e discutir um dos maiores medos de uma pessoa minimamente racional: qual nossa finalidade aqui na Terra? A que fim viemos? Qual nosso objetivo?

Sinta-se à vontade para enviar seus pensamentos e sugestões. Afinal, creio que você também tem alguma resposta... a que fim?